Entrar em um programa de rejuvenescimento da pele sem ter que se afastar do trabalho ou desistir do chopinho no happy hour. A utilização da luz intensa pulsada, um laser não ablativo que atinge apenas as camadas mais superficiais da pele, tornou essa modalidade de tratamento uma realidade. Até agora, outros equipamentos de laser rejuvenescedores, como Érbium YAG e Laser de CO2, que agem pelo sistema de vaporização da pele, exigiam afastamento do trabalho ou alguns dias de clausura até a recuperação dos traumas causados na camada mais profunda da pele.
A luz pulsada basicamente é um sistema não ablativo que remove manchas e vasos da pele ao mesmo tempo em que estimula a renovação do colágeno. Pode ser usada na face, no dorso das mãos, nas olheiras e no lábio superior (quando a pele está muito marcada pelas pequenas rugas verticais) minimizando-as.
Segundo a dermatologista Ana Lúcia Recio, membro da Sociedade Americana de Dermatologia, a diferença está no fato de que a luz pulsada não atinge a endoderme (camada mais superficial) e sim a derme (segunda camada). “Isso evita cortes e sangramentos”, explica.
O momento certo para iniciar o tratamento é o outono, pois o paciente não pode estar bronzeado ao se submeter à técnica. “A técnica melhora a flacidez e deixa a coloração do rosto mais uniforme”, diz Ana Lúcia. A recuperação é rápida. “Após a sessão, basta uma compressa, um corretivo e o paciente está liberado para retornar as atividades normais”, completa. Segundo a dermatologista, são necessárias de quatro a seis sessões (com intervalos de três semanas entre cada uma).
Nova aplicação – a luz pulsada também foi apresentada no 62º Encontro Anual da Academia Americana de Dermatologia, que aconteceu em Washington, em fevereiro, como novo tratamento para rosácea, problema que provoca vermelhidão no rosto. “A luz pulsada também se mostrou eficiente para tratar a rosácea sem agredir a pele”, afirma Ana Lúcia.