Páscoa com chocolate não dá espinha

Não adianta negar. Basta chegar a Páscoa para que as pessoas se perguntem sobre os velhos mitos relacionados ao chocolate e a saúde. Um dos principais é a ligação entre o produto e a acne, problema que atinge, em algum momento da vida, aproximadamente 95% da população brasileira.

O que pouca gente sabe é que não existe na literatura médica qualquer descrição do chocolate como causador da acne. Os principais fatores desencadeantes para o problema são desequilíbrios hormonais provocados principalmente por ovários policísticos em mulheres, medicamentos que alteram a quantidade ou tipo de gordura na pele (como hormônios, vitaminas e anabolizantes), sol e filtros solares ou outros cosméticos gordurosos. Vale lembrar também que o aparecimento da acne conta com um forte componente genético em 30% dos casos.

Na acne a glândula sebácea funciona exageradamente, facilitando o aparecimento de cravos, espinhas e até cistos. O problema é dividido em não inflamatória (apenas cravos) ou inflamatória (espinhas, que podem deixar cicatrizes). “O chocolate não causa espinhas. Não há relato na literatura que comprove este efeito sobre a pele”, explica a dermatologista Ana Lúcia Recio. “A participação de alimentos no desenvolvimento da acne deve ser vista caso a caso e costuma ser restrita”, lembra a especialista.

Segundo Ana Lúcia, o tratamento adequado vai depender da extensão da acne (inflamatória ou não inflamatória). Ácidos retinóico, glicólico e antibiótico local, juntamente com filtro solar, são a regra para o início do tratamento. Peelings químicos também melhoram a textura e facilitam a remoção de cravos. Atualmente, o ThermaCool também é usado para tratar a acne em atividades e, a boa novidade, suas seqüelas (diminuição das cicatrizes).

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Ácidos retinóico, chocolate, cicatrizes, desequilíbrios, espinha, filtros solares, hormonais, inflamatória, Páscoa, Peelings, sebácea, sol, thermacool

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