Devido ao grande potencial das células-tronco – que têm a capacidade de se transformar em qualquer célula ou tecido do corpo -, elas sustentam a esperança científica de encontrar tratamento e cura para doenças como diabetes, Mal de Alzheimer, Parkinson e câncer.
E até outras áreas da medicina, como a cirurgia plástica e a dermatologia, vêm tentando apostar nas células-tronco – neste caso como forma de promover o rejuvenescimento. Com o nome de Implante Autólogo de Fibroblastos, o tratamento consistiria na realização de uma biópsia (retirada de um fragmento da pele do próprio paciente) de uma área fotoprotegida e rica em folículos pilosos; depois esse material seria envidado para um laboratório e, após algumas semanas, as células cultivadas seriam aplicadas, com o objetivo de preencher rugas, melhorar cicatrizes e diminuir a flacidez cutânea.
Além de ser o maior órgão do corpo humano e de interagir com o meio ambiente, a pele é uma reserva de diversos tipos de estruturas que simulam o funcionamento do organismo como um todo. Duas recentes publicações internacionais, de James Thomson, da Universidade de Wisconsin, e de Shinya Yamanaka, da Universidade de Kyoto, nas conceituadas revistas Science e Cell, inclusive, abordaram o assunto, o que sinaliza importantes avanços para o tratamento de muitas doenças: a obtenção de células muito similares às células-tronco embrionárias a partir de células da pele humana.
Mas como tudo o que é novo, a terapia celular visando ao rejuvenescimento ainda exige cautela. Todos os resultados são muito recentes e a real eficácia do método e sua durabilidade ainda são controversos.