Anvisa quer proibir uso de câmeras de bronzeamento

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) quer proibir o uso no país de câmaras artificiais de bronzeamento para uso estético. O motivo são os indícios apontados por pesquisas médicas de que o uso destes equipamentos em excesso também pode provocar câncer de pele, assim como a exposição excessiva ao sol.

Em julho, a International Agency for research on Cancer (Iarc) colocou as câmaras de bronzeamento na lista de fatores comprovadamente carcinogênicos. A Iarc é uma instituição vinculada à Organização Mundial da Saúde (OMS) dedicada à pesquisa e combate ao câncer.

De acordo com a Anvisa, seria uma contradição permitir o uso deste tipo de equipamento, associado ao surgimento de tipos agressivos de câncer de pele. Uma sessão de 45 minutos do aparelho submete a pessoa a uma radiação ultra-violeta equivalente a oito horas sob sol intenso.

Proibição, porém, não se aplica ao uso médico. Por isso, a Anvisa abriu uma consulta prevendo a proibição do uso estético desses equipamentos e também de comércio, aluguel, doação e importação. Durante 30 dias, profissionais de saúde, entidades, usuários, população em geral e representantes do segmento industrial discutem o assunto.

A proibição não se aplica aos equipamentos com emissão de radiação ultravioleta destinados a terapias médicas. Isso inclui a utilização para o tratamento de doenças como psoríase e vitiligo.

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