No dia em que se celebra a Consciência Negra, é importante falar sobre as particularidades da pele mais escura e os cuidados específicos que devem ser tomados.

O negro tem uma participação expressiva no conjunto da população brasileira. Segundo a PNAD (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios) de 2014, realizada pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, 53% dos brasileiros se declaram negros ou pardos.

Todos conhecemos bem as vantagens da pele negra em relação à pele mais clara, como a maior resistência aos danos solares por conta da alta produção de melanina, responsável pela pigmentação da pele. Essa particularidade diminui a chance de desenvolver câncer de pele, pois a melanina funciona como protetor solar natural, minimizando os efeitos da radiação ultravioleta. Apesar da proteção natural, o uso diário de filtro solar com FPS 15 é recomendado.

A pele negra e parda também tem menor grau de fotoenvelhecimento. Isso se deve tanto à maior quantidade de melanina como à grande presença de células que fazem colágeno. Com a pele mais firme do que a branca, as negras têm menos celulite, rugas e flacidez.

Mas as desvantagens também existem e devem ser conhecidas. A pele negra tem particularidades que pedem cuidados específicos e diferenciados. A atividade das glândulas sebáceas é maior, promovendo oleosidade na face. Por isso, recomenda-se higienizar o rosto duas vezes ao dia com sabonetes líquidos. Há áreas do corpo, porém, em que o ressecamento aparece. Nessas regiões, é importante não se descuidar da hidratação diária, impedindo o aparecimento de manchas esbranquiçadas.

Os tratamentos estéticos também devem ser feitos com muito cuidado e depois de estudos de caso. A pele negra tem maior risco de desenvolver manchas escuras advindas desses procedimentos. Hoje, já há tecnologias seguras para este tipo de pele, mas o “peeling” deve ser superficial, e a depilação a laser feita com equipamentos específicos.

Clínica Ana Lúcia Recio
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