Os homens usam menos protetor solar que as mulheres. Isto é fato comprovado pela Sociedade Brasileira de Dermatologia, em um estudo feito a partir dos números da campanha contra o câncer de pele no Brasil. Com o verão se aproximando, os dados não são muito animadores.

Segundo a entidade, apenas 16,2% da população masculina usa filtro solar. Nas mulheres, este número é um pouco maior, 26,2%. Apesar da preocupação ser pouca em ambos os sexos, são eles que mais morrem de câncer de pele. São cerca de 1.100 mortes a cada ano. Somente em 2003, a doença deve atingir cerca de 41 mil homens, um número maior do que os atingidos pelo tumor de próstata.

Além de tumores, a exposição solar desprotegida também causa envelhecimento. “O problema é causado principalmente pela ação dos raios ultravioleta A (UVA), que penetram mais profundamente na pele, causando manchas e o melanoma, o tipo de tumor mais grave”, explica a dermatologista Ana Lúcia Recio, de São Paulo.

Segundo a especialista, os homens demoram mais para procurar ajuda e, conseqüentemente, sofrem mais as conseqüências do câncer de pele. “Sempre digo que o filtro solar deve fazer parte da rotina das pessoas”, afirma.

Além de tentar conscientizar a população sobre a importância do uso do protetor solar, os médicos ainda têm de enfrentar uma outra batalha: o uso adequado do produto. “Na praia, é fundamental passar o filtro 30 minutos antes de sair de casa e repetir o uso do protetor a cada duas horas”, destaca Ana Lúcia.

De acordo com a dermatologista, apesar de a pele do homem ser mais grossa que a da mulher, a ação dos raios solares é a mesma. “A radiação penetra do mesmo jeito”, diz. Ana ressalta, no entanto, que o filtro ainda não oferece proteção total à pele. “É sempre bom colocar também um boné e uma camiseta no horário de pico do sol para que a proteção seja ainda mais eficaz”, conclui.

Clínica Ana Lúcia Recio
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